segunda-feira, 5 de março de 2012

Nebulosa de número um

Muito do que eu guardava por dentro já nem existe mais. É engraçado como algumas coisas com o passar do tempo, perdem o valor, assim como a minha raiva e tudo que eu tenho pra falar sobre o amor. Desse amor e suas possibilidades, desse amor e seus muitos segredos, desse amor e sua mistura, desse amor que existe dentro do universo com suas luas setecentas vezes maiores que qualquer coração suportaria. E seus buracos negros, e o brilho das suas estrelas, e o calor dos seus sois, e do frio dos vácuos nesse abismo perpétuo. Nada poderia ser tão perto e tão vasto como esse espaço que só pode ser atravessado com uma lágrima, com um grito, com um suspiro, com um toque. 

Hoje levaram apenas vinte minutos para me contar a história de um covarde que finalmente teve coragem de encarar o próprio reflexo e eu chorei. Por susto. Porque histórias assim penetram e entram nessas valas infinitas desse universo e batem bem onde a gente tenta esconder o máximo nas quinas das paredes, que vêm de portais diferentes e chegam todas juntas onde a gente luta pra ninguém ver, nem o próprio espelho. Porque não importam quantos são os caminhos, nem os limites, nem essa mistura com o inteiro, só há uma galáxia como a sua,  só há um fim como o seu, só um destinho como o seu, só existe um amor como o seu: O meu. O resto nem importa.

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