Então é Natal

Então é natal. E além do Papai Noel e presente ele traz consigo uma coisa que me intriga bastante. Vai se aproximando do dia vinte e cinco e as pessoas vestem de um caráter, que as vezes é assustador, mas não deixa de ser surpreendente. 

De repente aquele cara carrancudo que tem como hobbie reclamar da vida se torna tão compreensivo e solidário, e então a vida se torna uma beleza e o porre do trabalho uma satisfação. Aquela mulher egoísta que adora um barraco se vê amigável distribuindo harmonia, paz, e claro, presentes. 

Que mania que as pessoas tem de enganar a si próprias - isso em todo tempo, mas em especial no natal. Quer dizer que depois daquele discurso bonito do patriarca da família, dos abraços, beijos e carinhos todo mundo volta ao seu mundinho onde tudo não passa de perca de tempo? Onde não mais é importante o amor, o respeito e a educação? 

Discurso mais estranho que esse, só o de Ano Novo. Aquela coisa que voce já conhece: "Ano Novo... Vida Nova!" Quem foi que disse que o tempo de recomeçar e renovar as esperanças só acontece do dia trinta de dezembro ao primeiro de janeiro? 

Pode ser que o natal tem aquela mágica bonita, dá aquela sensação de união e paz. Tudo bem que nesse ano que vai começar, voce quer realizar seus planos e tampar os buracos do ano que passou. Mas o problema é que Natal dura pouco, e ano novo daqui a pouco é ano velho.

Essas datas podem até trazer bons momentos e te deixa feliz até não poder mais, mas as vezes - pra não dizer que sempre - isso só depende de nós.