domingo, 29 de janeiro de 2012

Colecionadora de Palavras

Para ficar claro, a única coisa que existe em mim, são palavras. Todo o resto é algodão. Cinzas. Por mais que eu queira ser música as vezes ou sangue correndo na veia, sempre me sobram uma coleção de letras que eu jamais falaria. Antes eu não sabia, mas hoje compreendo minha compulsão em abusar de mentiras e verdades não necessariamente minhas. Passo metade do dia escrevendo sobre minha insignificância e o ódio a vida e a outra metade rindo e aproveitando a caretice de viver. Deixa eu pensar que isso é natural, que ter caneta é importante para a respiração fluir melhor, que é preciso rabiscar para ser mais leve, mais doce. Quero ser um livro de páginas rasgadas voando com o vento pela alma de todos que leem. 

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