Hoje aconteceu algo muito, muito, muito... Estranho seria a palavra? Não sei.
Eu pedi minha mãe para viajar com uma colega da escola, e ela simplesmente deixou. Sorriu e disse que seria muito bom pra mim. Quer dizer, minha mãe aceitou numa boa que eu fizesse algo que queria. Ela poderia ter falado que não, que eu não passo tempo com ela e que demoro demais no banho, por isso deveria usar o banheiro da nossa casa.
Mas não, com um sorriso simpático, perguntou de quanto eu precisava e que dia iríamos. Naquele momento eu tive vontade de congelar o tempo e ficar horas e horas tentando entender aquelas palavras. Eu deveria ficar muito feliz, eu sei, mas confesso que fiquei confusa. Talvez ela estivesse com muita (muita mesmo) vontade de me ter longe.
Eu tenho medo das coisas que eu penso. Eu penso muito em coisas desconvencionais, e eu não consigo controlar isso. Porque é claro que não faz nenhum sentido minha mãe deixar eu viajar e eu de repente ter vontade de chorar e me sentir um monstro.
Sei lá. O Leonardo, meu priminho de seis anos, sabe viver muito melhor que eu. Então fico pensando que talvez a vida seja simples e natural e eu que complico.
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