quarta-feira, 7 de agosto de 2013

"Pinte a minha vida com o caos do problema"

Você pensou que os poetas estavam certos. Você pensou que o amor era resposta, a saída de emegência. Mas.
O amor é uma pergunta. Deliciosamente perturbadora e mansa. E é no caos que essa pergunta te causa que eu me empenho para conhecer, muito antes dos aforismos em vãs respostas que sua genialidade poética permite. Do seu coração lírico e inspirado eu já provei, bem como sei que ele é mapa, atalho que se decompõe em balão para atingir o céu. 
(O que eu vejo são os seus olhos e os seus olhos, mister, estão impregnados de alma)
É verdade que eu nunca amei, mas eu vi o amor de perto pela suas pupilas: o mundo na cor verde da sua íris. E que ama, terna e trágica, cega e intensamente ama.
Pinte a minha vida, mister, com grandes letras verdes. Porque eu só falo e escrevo absurdez, é a minha beleza universal e secreta, é o que eu faço de melhor ou pior, para viver ou para morrer. Mas diante da sua pintura, mas diante do universo que você desenhou, a minha língua e a minha mão estão cruas. Eu sei que você pode pensar que isto não me liga à você, mas não se trata de conviver, isto é sobre-viver. 

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