segunda-feira, 25 de novembro de 2013

(O que eu escrevo não quer ser lido por olhos rasos).

I.
Entre ser homem e ser humano. As hipóteses, teorias, o início da compreensão da existência ou a origem do engano. Todo fim é um princípio inacabado ou uma mentira ou uma ilusão. É como você repetia ontem, às 4am, Tarkovsky. Precisamos do mistério, da sua beleza que nos torna imortais no próprio desconhecimento ou contentamento. 

II.
Quem me dera viver através das coisas e não lhes pertencer. Mas hoje o mundo me acordou mais alma. Eu sinto o meu peso, o pousar do meu toque, e o meu amor. Hoje o mundo me pediu pra lhe perceber. Somos frágeis, obscuros, desajustados. E seus olhos em mim, desconfiados, olhando para os lados duvidando do meu ser em mim, me desnudou número sem fim, infinita existência mutável. 

III.
A vida está em tudo, mas eu acho justo viver. Porque aqui não sou eu, sou maior que eu, sou além de mim. Sou a arte pela qual ela me reconquista. 

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