segunda-feira, 17 de março de 2014

É a sua mania de querer ser profundo em tudo. De querer engolir um engarrafamento interminável, de pintar rostos na carne viva e olhos esbugalhados. Orelhas que são olhos, bocas que são olhos. É a sua mania de querer achar que suas mãos tudo vê, que a percepção da tua pele é a mais sensível e que o seu coração é todo intensidade. Hoje eu lembrei que você é esquiva e só transborda o irreal como eu, mas com uma diferença: eu sinto enquanto escrevo. Eu faço tudo por isso. Você pode ser um oceano, mas ainda cabe dento de mim. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário