Eu ajustei o olhar e o que vi foi a vida além da vida. A beleza e a profundidade de um acontecimento sensível demais ao olho nu. E pensei que talvez o meu coração não consiga escolher entre a graça e a natureza. Verdadeiramente uma delicadeza que só o que é mistério pode compreender.
O meu coração não consegue e nem poderia. O viver existe independente do que existe todas as coisas. Os gestos da graça e o poder da natureza estão em tudo, sem contudo, o pertencer. Estão descritos nas margens, nas bordas e só se manifesta ao que é simples.
Se eu pudesse existir para além das coisas, sem as pertencer e sem me esvair, mas perdurar como tudo que está desde o começo, ainda assim não poderia decidir. Sou um simples homem com coração em excesso.
E vieram as perguntas. E eu ajustei o olhar. Entre a graça e a natureza: o amor sorrindo para todas as coisas. Isso não foi Mallick que percebeu.
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