quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Peso na Conciência

Eu tentei parecer forte, mas perto dele eu nunca consigo ser corajosa. Entre esses frios e quentes, só o silêncio consegue descrever as palavras inverbalizáveis a cada bater do coração. 

Creio que não foi falta de amor ou segurança pessoal, minha vaidade e orgulho. Vai além do palpável essa peleja em permanecer só em toques sem explicação ou nota de uma música que nem toca mais na rádio. Sou retina cega em busca de luz e sangue sem tinta guache. Tentando esquecer que não somos mais dois pontos traçando uma linha, uma figura a vermelho de um sofá com dois sorrisos conversando sobre um futuro bom e cabelos dançando com o vento numa tarde de sol. Dizem que amor é suicídio maior, um elevador que nunca para de descer. Mas o dele, é impulso de sobrevivência, uma valsa no lugar do coração, o incurável e magnifico prazer de viver. Mas o maior acidente é não acontecer, é não saber o que vem depois, andar um rua inteira sem esquinas. O maior problema é esse cinquenta por cento de não.


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